Tantas crianças que tenho visto ultimamente sendo abandonadas, vidinhas inocentes sofrendo a crueldade humana desde os primeiros momentos de vida. Felizmente ainda existem mães que são muito mais mães do que aquelas que geraram seus bebês no próprio ventre. Quando ouvi essa história, me emocionei muito e por isso trouxe para compartilhar com vocês aqui no blog. É a história emocionante de uma mulher. O primeiro sonho ela realizou adotando um bebê. O segundo achou que não fosse possível, mas lá no fundo não desistiu. Foi tanto amor que ganhou um presente: Conseguiu amamentar o filho. Um exemplo para outras mães de coração. Abaixo a declaração dessa mãe de verdade e de outros que participaram dessa história:
“Nós decidimos adotar um bebê depois que eu soube que eu não poderia mais engravidar. Mãe é aquela que cuida, quem se dá. Mãe é quem resolve receber alguém na sua vida e dividir, trocar, cuidar desse ser que a gente recebe de Deus. Quando eu soube da possibilidade concreta do João chegar até nós, eu pedi para meu ginecologista me encaminhar para alguém que me pudesse orientar sobre a possibilidade de eu poder amamentá-lo. Fui então encaminhada para o banco de leite. Quando o João chegou, começamos o procedimento que nos foi orientado. O pai ajudou bastante. Ele ficava junto comigo na hora de amamentar e então depois de uma semana usando o estímulo de uma sonda nasogástrica e o João sugando a sondinha através do meu seio, eu já estava com leite. A gente ficou muito feliz na hora que nós fomos levá-lo pela primeira vez no pediatra e que ela constatou que eu estava com leite. A gente chorou, todo mundo se emocionou: eu, meu marido, minha mãe que estava junto, ficamos muito emocionados porque é um milagre, né? Ele graças a Deus está muito saudável, agora já está com 6 meses e meio, mas até os 6 meses eu fiz amamentação exclusiva no peito. Foi maravilhoso! E amamentar foi o maior presente que eu pude dar pro meu filho. A gente não pode desistir. Ter um filho é a coisa mais maravilhosa que pode acontecer na nossa vida." - Sandra Rosa Wojciechowski, psicóloga
Dra. Keiko Teruya é coordenadora do Banco de Leite de Santos, que fica no Hospital Guilherme Álvaro (HGA) – hospital da minha faculdade – e acompanhou a história: “Eu sempre digo que o peito de uma mulher é como se fosse uma caixa d’água. Quanto mais torneirinha ela abrir, quanto mais o leite ela tirar, mais a caixa d’água vai encher de leite.”
“O vínculo mãe-bebê é muito importante. A mãe que amamenta tem um vínculo muito maior, todos os anticorpos que ela passa através da amamentação... Essa criança vai crescer com muito menos doenças, vai ser uma criança muito mais saudável. Já está comprovado que a criança que mama no peito ganha muito mis peso e muito mais rapidamente.” – Roberta Greghi Hernandes, Pediatra do HGA.
Já dizia Carlos Drummond de Andrade: Amar se aprende amando. Peço licença para trocar o verbo: Amamentar se aprende amamentando. Amar é sonhar, acreditar que o sonho pode virar realidade. Amar é superar, por mais altas as barreiras e tortuosos que os caminhos possam parecer. Amar é crer que além do cordão umbilical existe o vínculo especial que alimenta o corpo e a alma de mães e filhos.
“Eu sei mamãe que por um capricho do destino, ou simples desejo Divino não foi em seu ventre que me formei. Eu sei que a primeira vez que você me sentiu mexer foi em seus braços e não em seu ventre. Mas... Mamãe! Há algo mais forte que os laços de sangue: são os laços do coração. E você me acolheu com seus braços quentes, como se eu fosse carne da sua carne. Pôs-me contra o seu peito e eu pude ouvir a voz do seu coração. Talvez você não tenha me dado a vida. Mas me deu certamente uma razão para viver.”
- Letícia Thompson.
Matéria tirada da TV Tribuna – Santos/SP, em 6 de agosto de 2009.
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